sexta-feira, abril 09, 2010

Gaivota


























Há um fio de silêncio entre a imagem e a recordação
percurso de assumida solidão
Em dias de bruma cinzenta não perguntes porque voa a gaivota
poisando nessa rocha ignota
Porque o perfume do rosmaninho e o acre odor da maresia
são toda a minha alegria

Há tanta esperança nessa praia deserta nesse mar salgado
onde me transformo em cavalo alado
Porto de abrigo natural, essa é a paisagem que dá o ser
a uma grande amizade sempre a crescer
* Poema do livro Fragmentos do Silêncio


© Foto: Armando Isaac; Poema: Fernando Antunes

2 comentários:

  1. Uma fotografia muito bonita, acompanhada por um excelente poema!Abraço

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  2. Uma foto maravilhosa, bem profissional e um poema lindo, lindo, bem adequado! Parabéns ao fotógrafo e ao poeta!

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