© Armando Isaac
Acorda cedo a gaivota, vagueando tonta pela areia
hábito que antecede a paixão, presa ainda nessa teia
Levanta voo, paira por momentos em procura errante
que lhe permita ainda e sempre ver a casa amante
À luz da saudade nada poderá violar a eterna paixão
ainda ela perdurará, mesmo que se dê a final implosão
A gaivota sabe da insensatez na miragem da casa, inevitável
mas o doce amargo do sonho está na ausência do realizável
Assim, nessa abstracção indecisa se vai terminando a existência
se vai hipotecando irresponsavelmente uma futura vivência
E as horas destas noites nem dormidas nem amadas
deserto percorrido com miragens, sem oásis, são pesadas
Por isso o vagabundear nas manhãs orvalhadas é habitual
a imagem do passado, na casa, mais repetitivo, trivial
*Poema do livro Casa da Praia - Fernando Antunes
Bela gaivota em grande plano, atrás com a linda paisagem da praia da Nazaré.Maravilhoso poema!Parabéns ao fotógrafo e ao poeta! Bjs
ResponderEliminarTambém aqui em Armação de Pera, no Algarve, as gaivotas pousam nos altaneios telhados ainda adormecidos e bocejantes da noite de festa comemorativa da conquista do campeonato por parte do Glorioso.
ResponderEliminarAbraço para a gaivota e para ti.
RuiBaptista
Uma bela fotografia e poema, não esquecendo a gaivota que também ficou muito bem retratada.Abraço
ResponderEliminarParabéns pela profissionalidade da gaivota, complicidade com tao belo poema e um abraço para o fotógrafo. José Luis
ResponderEliminarA gaivota não conheço, mas o sitio não há duvida é a Nazaré. O poema é o indicado, logo tudo se conjuga na paisagem que é bela. A.G.
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