sábado, outubro 31, 2009

Garranos do Gerês


O Garrano é um cavalo pequeno, de sólida estrutura física e com características muito próprias que conserva desde há longos tempos, apesar de ser um cavalo muito antigo.
Segundo alguns autores, a origem do Garrano teria fortes raízes do cavalo de tipo Árabe, devido ao perfil recto da cabeça observado em alguns exemplares, e a sua expansão teria acompanhado as invasões bárbaras. Pensa-se que o Garrano existe na Península Ibérica desde o Paleolítico, e aí se conservou até hoje. O Garrano actual não se distanciou muito dos seus antepassados pré-históricos, tanto genética como morfologicamente. Para tal terão contribuído certamente o isolamento das suas regiões de criação, bem como a forma de criação em liberdade que tem sido desde sempre utilizada e que lhes permitiu, através da selecção natural, manter as suas características de excepcional adaptação ao habitat montanhoso.

sexta-feira, outubro 30, 2009

Costa Nova






A Costa Nova, situa-se na costa ocidental de Portugal, na linha de costa da ria de Aveiro.
Teve a sua origem na abertura da barra da ria no ano de 1808. A designação deve-se a dois factos. O primeiro, "Costa Nova", em oposição à "Costa Velha" (São Jacinto). Em segundo lugar deve-se ao facto de neste local, ter existido um enorme e verdejante prado.
O ex-líbris da Costa Nova são os "palheiros" – casas pintadas com listas verticais intercaladas com cores vivas e alegres.

domingo, outubro 25, 2009

Ponte da Mizarela

A ponte da Mizarela localiza-se sobre o rio Rabagão, ligando as freguesias de Rivães (Vieira do Minho) a Ferrel (Montalegre). 

Foi construída na Idade Média e reconstruída no início do séc. XIX. Está implantada no fundo de um desfiladeiro escarpado, assente sobre penedos e com alguma altitude em relação ao leito do rio, sendo sustentada por um único arco com cerca de 13 metros de vão.
Segundo a lenda, esta ponte foi construída pelo Diabo.

“Havia um mau homem em terras de Além Douro, a quem a justiça, encarniçadamente perseguia, por vários crimes e que sempre escapava, como conhecedor que era dos esconderijos proporcionados pela natureza. Apertado, porém, muito de perto, embrenhou-se um dia no sertão e, transviado, achou-se de repente à borda de uma ribeira torrencial, em sítio alpestre e medonho, pelo alcantilado dos penedos e pelo fragor das águas que ali se despenhavam em furiosa catadupa. Apelou o malvado para o Anjo-Mau e tanto foi invocá-lo que o Diabo lhe apareceu. “Faz-me transpor o abismo e dou-te a minha alma”, disse-lhe. O Diabo aceitou o pacto e lançou uma ponte sobre a torrente. O réprobo passou e seguiu sem olhar para trás como lhe fora exigido, mas pouco depois sentiu grande estrépito, como de muitas pedras que se derrocavam, e ninguém mais ouviu falar da improvisada ponte. Os anos volveram e, enfim, chegou a hora do passamento. Moribundo e arrependido, confessou ao sacerdote o seu pacto. Este foi ao sítio da ponte e tratou igual pacto com o Diabo. A ponte reapareceu e o sacerdote passou, mas tirando rápido, um ramo de alecrim, molhou-o na caldeirinha que levava oculta, três vezes aspergiu, fazendo o sinal da cruz e pronunciando as palavras sacramentais dos exorcismos. O mesmo foi fazê-lo que sumir-se o Demónio, deixando o ar cheio de um vapor acre e espesso, de pez e resina, de envolta com cheiro sufocante de enxofre, ficando de pé a ponte.”

sexta-feira, outubro 16, 2009

CORRIDA DE TOUROS Á PORTUGUESA - 9. Lide a pé


CORRIDA DE TOUROS Á PORTUGUESA - 8. Lide a pé


CORRIDA DE TOUROS Á PORTUGUESA - 7. Lide a pé


Após a lide do touro pelo cavaleiro, é comum entrar na praça o bandarilheiro que através de algumas manobras de capote, vai posicionar o touro no local adequado para execução da pega de caras.
Na lide a pé também é  habitual usar-se uma pequena capa (a muleta) e um estoque, bem como cravar um par de bandarilhas, no dorso do animal.

CORRIDA DE TOUROS Á PORTUGUESA - 6. Pega de caras


CORRIDA DE TOUROS Á PORTUGUESA - 5. Pega de caras


CORRIDA DE TOUROS Á PORTUGUESA - 4. Pega de caras

Após a lide a cavalo, é comum entrar na arena o bandarilheiro que com algumas manobras de capote vai posicionar o touro para a pega, após o que saltam para a arena os forcados.
Os forcados são um grupo amador que enfrentam o touro a pé, com o com o objectivo de o tentar imobilizar unicamente à força de braços. Entram na praça oito homens, sendo o primeiro o forcado da cara, seguindo da primeira e segunda ajuda (os mais determinantes), e demais forcados que também ajudam na pega, terminando no rabujador que segura no rabo do touro, procurando deter o animal e fixá-lo num determinado local, para quando os forcados o largarem, este não invista sobre eles. A pega é consumada quando o forcado da cara se mantém seguro nos cornos do touro e este seja detido e imobilizado pelos seus companheiros.

Nas touradas em que os touros são lidados a pé, não existe pega.

CORRIDA DE TOUROS Á PORTUGUESA - 3. Lide a cavalo


CORRIDA DE TOUROS Á PORTUGUESA - 2. Lide a cavalo


CORRIDA DE TOUROS Á PORTUGUESA - 1. Lide a cavalo








A corrida de touros à portuguesa inicia-se com as cortesias de todos os intervenientes (cavaleiros, forcados, bandarilheiros, novilheiros, campinos e outros intervenientes) que cumprimentam o público a direcção da corrida e demais entidades presentes.
Os cavaleiros vestem-se a rigor, com trajes do séc. XVIII.
Nas corridas de touros à portuguesa, são normalmente lidados seis touros.
Cada cavaleiro tem determinado tempo para lidar um touro, podendo cravar um número variável de farpas compridas (no início) curtas e de palmo no dorso do animal.